terça-feira, outubro 16, 2007

Sobre Tropa de Elite

Citando meu tio, Marcello Castilho de Avellar, sobre o filme Tropa de Elite.
"(...) Tropa de elite faz questão de abrir seu universo. Se a favela é o centro das atenções, o filme estabelece o tempo todo suas ligações com a polícia, a burguesia, a classe média, a universidade. No filme, a violência não se produz a si mesma, é produto de vícios e contradições que se espalham por toda a sociedade."
"(...) O discurso de Nascimento (...), pode ser incômodo para muita gente. Mas convence como representação de um pensamento que é comum entre policiais e população: o de que nenhum preço é alto demais na luta contra o tráfico, o crime organizado, a violência. (O diretor) José Padilha parece se manter à distância. (...) não julga Nascimento, ou os policiais corruptos que cruzam seu caminho, ou a pequena-burguesia que finge não ser parte do problema. Apenas mostra as relações entre eles, com cores cruas e desconfortáveis, como se as atirasse no rosto do público que finge não percebê-las no mundo real."
A culpa é da sociedade mesmo. É o jovem que procura prazer nas drogas. É o pobre, que desesperado para alimentar sua família, entra para o tráfico, vendo aí um meio mais fácil para sustentá-la. Pura ilusão, nos dois casos.

Os artigos que li antes de escrever este post foram Reflexões sobre a violência e O inferno é aqui mesmo.

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